O Instituto Equilíbrio atua para ampliar a compreensão sobre os impactos da transição climática no desenvolvimento econômico do Brasil, promovendo um diálogo informado e baseado em evidências.
Nesta seção, reunimos dados qualificados que contribuem para o aprimoramento do debate público. Sempre com rigor científico e neutralidade técnica.
Abaixo, elencamos alguns dados sobre o uso da terra e emissões de CO₂ no Brasil, bem como as oportunidades trazidas pelo olhar ampliado para garantir a produtividade, segurança alimentar e ação climática.
As maiores exposições ao risco climático estão relacionadas a secas – consideradas o evento mais relevante no longo prazo, além dos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, e do setor de bens de consumo básico, que inclui agricultura e pecuária.
O agronegócio enfrenta desafios profundos diante das alterações climáticas.
Fontes:
Mudança no Uso da Terra (MUT): 46% – refere-se a alterações no uso original do solo, como desmatamento de florestas para abrir espaço para pastagens ou lavouras, e conversão de vegetação nativa em áreas agrícolas ou urbanas. Quando se desmata uma área, o carbono armazenado nas árvores e no solo é liberado para a atmosfera.
Agropecuária: 28%, que incluem:
– uso de fertilizantes nitrogenados;
– uso de defensivos agrícolas e calcário utilizado para correção da acidez do solo (que libera CO₂ durante o processo químico e gera emissões);
– queima de restos de culturas, como arroz, trigo, cana-de-açúcar e outras — que libera dióxido de carbono, óxido nitroso e metano;
– animais ruminantes, como gado bovino e ovino, liberam gases de efeito estufa por meio da “fermentação entérica”, que produz metano como subproduto principalmente quando um grande número de animais é manejado em áreas confinadas (fazendas leiteiras, confinamentos de suínos e aves).
As maiores exposições ao risco climático estão relacionadas a secas – consideradas o evento mais relevante no longo prazo, além dos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, e do setor de bens de consumo básico, que inclui agricultura e pecuária.
Com incentivos corretos e políticas públicas inovadoras, o Brasil pode se tornar não somente um líder na segurança alimentar, mas também em segurança climática.
Utilizando ciência e tecnologia, é possível restaurar a produtividade do solo, aumentar a resiliência climática e capturar carbono, por meio de:
Manejo de pastagens: A recuperação de pastagens degradadas pode dobrar a produtividade da terra, reduzir pressão por desmatamento e aumentar o sequestro de carbono no solo.
Plantio direto: ao evitar o revolvimento do solo, essa técnica preserva a matéria orgânica e favorece a retenção de carbono e água, além de reduzir a erosão e o uso de insumos.
ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta): Esse sistema promove a diversificação produtiva, o uso eficiente da terra e o aumento do estoque de carbono, ao integrar árvores, cultivos e pastagens de forma sinérgica.
Uso eficiente de fertilizantes: redução do uso de fertilizantes nitrogenados, que liberam óxido nitroso (N₂O), um potente gás de efeito estufa.
Uso de bioenergia, com expansão da participação de biocombustíveis na matriz energética, como o etanol de segunda geração.
Monitoramento climático e agricultura de precisão, por meio do uso de drones, sensores e satélites para prever impactos climáticos e otimizar a produção.
Posicionar o agronegócio brasileiro como líder global em soluções climáticas aplicadas e políticas públicas inovadoras.